No último sábado, dia 25 de junho de 2022, alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia de Produção do Centro Universitário Unihorizontes realizaram uma visita técnica ao município de Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais, que funcionou como a capital do estado durante os séculos XVIII e XIX. Além dos estudantes, a excursão contou com a participação da coordenadora do curso de Arquitetura, a Profa. Renata Filippetto, com a Profa. Ana Nagem, do mesmo curso, com o coordenador do curso de Engenharia de Produção, o Prof. Hideraldo Fonseca, e com o Reitor do Unihorizontes, Prof. Rogério Naves. 

Os alunos tiveram a oportunidade de visitar o Museu Boulieu, que apresenta uma coleção particular de obras do estilo Barroco. O acervo, por meio de pinturas, textos, esculturas, e arte sacra, retrata a cultura dos povos portugueses e os seus desdobramentos ao longo do período de colonização. A visita técnica passou também pela Igreja de São Francisco de Assis, que, em 2009, foi classificada como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. A Igreja de São Francisco é uma das mais celebradas criações de Aleijadinho e de Mestre Ataíde, nomes notáveis do barroco brasileiro. 

A segunda Igreja visitada foi a Basílica Menor Nossa Senhora do Pilar, mais conhecida apenas como Igreja do Pilar, que é uma das edificações católicas mais famosas entre as que foram erguidas durante o ciclo do ouro, período em que a extração e exportação do ouro dominou a dinâmica econômica do Brasil Colônia. Por fim, os estudantes conheceram a  Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, chamada de Igreja do Rosário, que é um dos mais originais edifícios sacros do tempo do Brasil Colônia. As três igrejas são construções barrocas do período colonial, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A Profa. Renata Filippetto conta sobre a visita e destaca: ‘’Foi excelente! Creio que o objetivo das visitas técnicas do curso de Arquitetura seja vivenciar os espaços e a sua experiência estética – que não é apenas visual, mas trata-se de sentir todo o ambiente. Estar em contato com obras seculares, com uma coleção inédita da América Latina do estilo Barroco, que tem a ver com as nossas raízes, foi gratificante. Caminhar por uma cidade que foi construída sob os princípios dos colonizadores portugueses e poder observar como é a dinâmica dessa cidade hoje é incrível’’.  

A Profa. acrescenta: ‘’Ouro Preto tem todo um conjunto arquitetônico que faz parte do patrimônio mundial, que é uma referência, é único no mundo. É como se pudéssemos entrar dentro dos livros, das nossas aulas, e pudéssemos resgatar vários conceitos e vivenciá-los. Essa é uma aprendizagem que é total, quem vive essa experiência jamais esquece. Eu tenho certeza de que foi uma das experiências mais marcantes’’.

A Profa. Ana Maria Nagem também comenta: ”Ouro Preto é a primeira cidade brasileira a receber o título de PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE pela UNESCO. Assim, a ideia desta visita suscita nos alunos de Arquitetura uma visão diferenciada do que seja uma cidade mineira detentora de tal status, e quais são nossas responsabilidades, como arquitetos, em relação ao patrimônio cultural e como protegê-lo. Além disso, nossos alunos, futuros arquitetos, tiveram a possibilidade, nesta visita, de entender como se dá a “construção” de novos sítios e quais são as responsabilidades do arquiteto urbanista – e dos cidadãos – na produção da história implícita nesses espaços protegidos pelo patrimônio. Somos agentes protetores da Arquitetura e dos sítios que guardam a nossa história, ao mesmo tempo em que a construímos dia a dia!”

Um dos participantes foi o aluno Ryan Avelino, que ressalta: ‘’A visita técnica é algo muito importante para formação de qualquer profissional da área de arte. É onde as artes materializam-se, e podemos ter uma noção melhor do apogeu da época, dos traços do artista, e do seu esplendor em relação ao homem. Para um Arquiteto, é um momento em que temos em evidência o Estilo, não apenas em papel, mas a um toque da mão’’. O estudante conclui: ‘’Estilos são maneiras em que a arte desdobra-se para mostrar o que está acontecendo naquela época. Muitas vezes, o que estava ocorrendo naquela sociedade do passado era retratado nas edificações. E o Barroco mineiro é riquíssimo nesse contraste de movimentos, cores das esquadrias e grandiosidade. É algo transformador para um Arquiteto, e para outros artistas.’’

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