Aconteceu nesta quarta-feira (09) dentro das atividades do Projeto 50+ Unihorizontes, um curso com dicas de prevenção e segurança voltado para a 3ª idade ministrado pelo Capitão da Polícia Militar de Minas Gerais Filipe Márcio Ferreira Marteletto. O evento trouxe um panorama geral das diversas situações do dia a dia em que o idoso pode estar sujeito a ser vítima de algum tipo de crime.
De acordo com o Capitão Marteletto, segurança e prevenção são temas atuais e recorrentes, que requerem atenção especial principalmente quando se trata da população idosa que tende a estar mais vulnerável. “É muito importante que as pessoas da 3ª idade tenham conhecimento para adotar atitudes preventivas no seu dia a dia, quando vão ao banco, quando vão entrar no veículo, quando estão chegando em casa ou nas diversas atividades que eles exercem no cotidiano”, explicou.
O curso ministrado pelo Capitão Marteletto destacou os crimes cibernéticos que, de acordo com ele, são recorrentes e têm afetado de maneira crescente a população idosa que cada vez mais faz uso de dispositivos tecnologias. “É um tema de destaque nos cenários nacional e mundial”, conta. “Um número cada vez maior de pessoas é vítima de crimes cibernéticos, pois nos tornamos, em certa medida, reféns das novas tecnologias, realizando muitas das nossas atividades diárias por meio de smartphones, algo que não é diferente com os idosos que navegam pela rede sem conhecimento dos riscos que estão expostos”, acrescentou.
O Capitão avalia que é preciso um cuidado especial para falar de segurança e prevenção com o público da 3ª idade, principalmente quando o assunto são os crimes cibernético. “O idoso acaba não tendo o mesmo conhecimento que um jovem tem ao utilizar uma determinada tecnologia, que tende a ter mais curiosidade e consegue, assim, se consegue se prevenir de eventuais riscos”, conta. “Em muitas situações, por falta de conhecimento e intimidade com as tecnologias, o idoso pode baixar um arquivo indevido, fazer cadastro em algum site malicioso e ser vítima de alguma fraude. Para falar desse assunto é preciso, antes de tudo, compreender o contexto do idoso”, disse.
Entre os crimes mais comuns praticados pela internet, Capitão Marteletto destaca o uso de identidade falsa e o uso indevido de informações pessoais. “Existem casos em que criminosos assumem a identidade de outra pessoa na internet e pratica crimes usando o nome dela, por isso é importante evitar deixar perfis de redes sociais abertos”. Um outro de tipo de crime é o chamado pishing que é bastante comum em mensagens de sms, whatsapp e e-mail. “Esse tipo de prática geralmente ocorre quando a pessoa recebe uma mensagem dizendo que possui algum tipo de dívida em aberto. O idoso, pela falta de conhecimento e pelo medo de ter seu nome negativo, acaba clicando, fornecendo informações e até realizando pagamentos indevidos”, explica Capitão Marteletto.
O Capitão também alertou aos participantes do curso sobre os fatores que contribuem para que a pessoa seja vítima de um crime: “um alvo disponível, uma pessoa motivada e a ausência de vigilância, seja ela qual for”, explicou. “O segredo é desarticular esses vetores, diminuído, assim, a probabilidade da ocorrência de crimes”. Ele afirmou que a desatenção é um elemento motivador para a escolha da vítima, por isso, recomenda atenção redobrada ao estacionar o carro, não ficar parado em locais com pouca iluminação e atentar para a presença de indivíduos suspeitos.
Nesta quinta-feira (10), o projeto continua com a atividade “Conhecendo os direitos dos idosos”, que será apresentada pelo Prof. Carlos Henrique Fernandes Guerra. A programação vai até o dia 31 de outubro e pode ser conferida na integra clicando aqui.