No último dia 31 de março, o Golpe Militar que condenou o país a uma Ditadura Militar por duas décadas, completou 50 anos. O período em que vigorou o regime de exceção foi fundamental para a consolidação da profissão de assistente social. Assim, o curso de Serviço Social da Faculdade Novos Horizontes promove na próxima terça-feira (08), a Roda de Conversa: 50 Anos do Golpe Militar em que será abordado o tópico “Ditadura no Brasil e o Movimento de Reconceituação do Serviço Social”. A palestrante do evento que acontece no auditório da Unidade Santo Agostinho I, a partir das 19h00, será a Dr.ª Consuelo Quiroga.
De acordo com a Prof.ª Suênya Thatiane Souza de Almeida, lembrar esta data é fundamental para reconhecer o papel do assistente social nesta passagem marcante da história do país. “Houve, no período, um processo de renovação da profissão do Serviço Social no Brasil. O assistente social assumiu novas posturas, até então consideradas modernas para o período”, explica. As mudanças ajudaram a criar um novo perfil profissional, “os assistentes sociais tornaram- se mais próximos das camadas populares. A reconceituação da profissão deu luz a propostas necessárias e urgentes aos problemas sociais”, enfatiza.
A Prof.ª Consuelo Quiroga é Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora titular aposentada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Ela teve um papel importante no processo de reconceituação do Serviço Social, já que participou da elaboração do Método BH, movimento com posicionamentos ideológicos e políticos que continham uma natureza crítica e contestadora e que fez surgir um segmento, dentro do Serviço Social, que valorizava a pesquisa e a produção de conhecimento.