No dia 09 de abril, alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Unihorizontes, sob a supervisão da professora Ana Maria Nagem e da professora Renata Filippetto, foram ao Museu da Cadeira, localizado na rua Gonçalves Dias, 1218, no bairro Funcionários. A visita, que contou com a participação de 15 estudantes, fez parte das disciplinas Projeto Residencial Unifamiliar; Projeto Espaços de Lazer; e Arquitetura de Interiores.
A atividade conferiu 3h complementares aos alunos, e teve o objetivo de verificar a importância da preservação da memória histórica e cultural da moradia, da cidade e dos costumes, por meio do objeto “CADEIRA”, que também se desdobra em patrimônios. Além de refletir sobre como os elementos e objetos da Arquitetura expressam esses valores do tempo. Ainda, teve-se o intuito de conhecer e entender o desenrolar da história através de narrativas – em termos de forma e de função – do objeto cadeira em diversos recortes do tempo e da cultura.
A exposição visitada chama-se “CADEIRAS CONTAM HISTÓRIAS – Do Design da Marcenaria Portuguesa à Produção Industrial Brasileira”, e é uma parceria entre o Museu da Cadeira Brasileira – MuC, Museu de Artes e Ofícios – MaO, e o SESI FIEMG. A atração oferece aos visitantes uma imersão no universo do objeto cadeira, por meio da compreensão do seu desenho como princípio básico de sua existência. Os modelos expostos vão desde a chegada das primeiras cadeiras trazidas pelos portugueses, passando pela criatividade e ecletismo de peças artesanais em variados modelos; até as produções das primeiras fábricas brasileiras, como a Móveis CIMO S/A.
Além das cadeiras, o Museu apresenta também o Salão Vivacqua, que tem esse nome devido à numerosa família Vivacqua que residiu no edifício entre os anos de 1920 a 1930. O local costumava ser ponto de encontro da elite intelectual brasileira, e era marcado por figuras notáveis como Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Abgar Reanult, Milton Campos, João Guimarães Rosa, entre outros. Eram realizadas discussões sobre poesia, política e outros assuntos culturais da época. Foi no Salão Vivacqua, inclusive, onde foi criada Luz del Fuego, atriz e mulher à frente de seu tempo.
De acordo com a professora Ana Nagem, em conversa com a curadora do Museu da Cadeira, Adriana Dornas, serão realizadas parcerias de atividades entre o curso de Arquitetura e Urbanismo do Unihorizontes e o MuC. No que diz respeito às aulas, serão realizadas discussões com os alunos sobre a exposição visitada.
Mas por que existe um Museu da Cadeira?
‘’O objeto “Cadeira” contém uma extensa possibilidade de narrativas de cunho histórico, bem como retrata a evolução cultural registrada em seu aspecto formal e material; a história da cadeira brasileira pelo viés antropológico propõe inspirador diálogo social, cultural, político e econômico nacional. As cadeiras desempenham uma função fundamental no nosso cotidiano. Seus diversos usos as tornam um objeto de intensa relação entre usuário e objeto.
Como objeto, a gênese inventiva de seus criadores doa uma variada e criativa possibilidade em sua existência. A cadeira pede conforto em seu desenho, mas seu diálogo não se limita a esta condição. Muitas delas ostentam formas e materiais para funções diversas revelando posição social, presentes em quase toda atividade profissional, lazer e algumas são verdadeiras esculturas. Podendo assim estabelecer uma fonte rica para seu estudo e compreensão em dimensões antropológicas, reveladas através de fatos contando histórias. Como documento de nossa cultura material, é fonte para incessantes e reveladoras pesquisas.’’ (Texto retirado do site https://muc.org.br)